sexta-feira, junho 23, 2006

quinta-feira, junho 22, 2006

terça-feira, junho 20, 2006

Funny George I

Parece que é, mas não é...!

É incrivel a capacidade de deturpamento da realidade que possui a combinação maquiagem e lente. Esta mulher que aqui apresento, Fergie dos Black Eyed Peas, é simplesmente o susto em pessoa. A comparação com o Buldog Terrier é inevitável. É escanzelada e mal encarada, parece que está em permanente tristeza, quase de beicinho. As sobrancelhas, em vias de extinção, dão-lhe uma expressão de velha e matriarca concubina.
É, de facto, uma tristeza muito grande apercebermo-nos de que fomos totalmente ludibriados por um largo período de tempo. Para mim, a partir de agora, apreciações finais só depois visualizadas "in loco". A mim já não me enganam....

quarta-feira, junho 07, 2006

Fragmentos I

"Aquilo que, creio, produz em mim o sentimento profundo, em que vivo, de incongruência com os outros, é que a maioria pensa com a sensibilidade, e eu sinto com o pensamento.
Para o homem vulgar, sentir é viver e pensar é saber viver. Para mim, pensar é viver e sentir não é mais que o alimento de pensar.
É curioso que, sendo escassa a minha capacidade de entusiasmo, ela é naturalmente mais solicitada pelos que se me opõem em temperamento do que pelos que são da minha espécie espiritual. A ninguém admiro, na literatura, mais que aos clássicos, que são a quem menos me assemelho. A ter que escolher, para leitura única, entre Chateaubriand e Vieira, escolheria Vieira sem necessidade de meditar.
Quanto mais diferente de mim alguém é, mais real me parece, porque menos depende da minha subjectividade. E é por isso que o meu estudo atento e constante é essa mesma humanidade vulgar que repugno e de quem disto. Amo-a porque a odeio. Gosto de vê-la porque detesto senti-la. A paisagem, tão admirável como quadro, é em geral incómoda como leito."
BERNARDO SOARES in Livro do Desassossego

Meet your Meat

Sem qualquer pretensão de coisa alguma, proponho que vejam:

ttp://www.goveg.com/factoryFarming.asp

terça-feira, junho 06, 2006

sexta-feira, junho 02, 2006

Portugal em Fragmentos II

Ele há com cada um...! Hoje deparei-me, uma vez mais - e já lá vão umas quantas - com a estupidez fossilizada que caracteriza grande parte das nossas forças policiais, mais precisamente aqueles a quem o povo chama, com algum carinho, chibo municipal. Normalmente esta espécie de agente da autoridade apresenta-se com uma enorme barriga, farto bigode e uma predisposição fora do normal para não fazer nada, pelo menos nada de produtivo. Fazem questão de demonstrar que não são um manequim mascarado de bófia e que quem manda ali são eles, a Autoridade. Passo a contar o sucedido: Meia-noite. Ruas práticamente vazias. Ali para os lados de quem lê. Uma jovem dirige-se, depois de mais um dia de árduo trabalho, para a sua viatura. Entra no carro. Despede-se dos colegas com um aceno. O Agente, ciente que está do seu trabalho, já a tem na mira. A cachopa coloca o cinto, liga o carro e faz uma inversão de marcha passando por cima de um traço contínuo, nas barbas do chui! Que afronta! A ele quase que lhe saltavam os pulmões pelo apito, enquanto avançava, indignado, com aquele passo de agente desautorizado. Adverte a moça, que imediatamente se desfaz em desculpas. E eu cá para mim, que sou perito em levar a cana destes tipos, pensava: - Pronto, já estás! - Mas não. Este distinto agente da autoridade, enquanto exibia a sua gran' técnica no real manejo do apito, executando toques secos e estridentes como ninguém, remata com esta: - Volte já para trás! Agora é o Agente que a manda cometer a infracção! A miúda até ficou confusa : - Será que este fóssil me está a tentar enganar!? Não! Esta é a forma correcta de lidar com uma contra-ordenação muito grave. Não há cá multas, avisos ou advertências. Vamos lá repetir a infracção, mas agora com o consentimento da Autoridade. Eles é que mandam...