quinta-feira, setembro 20, 2007

Parábola ou Fragmento?

Tropeço mais uma vez, sem cuidado. Dois, três passos... chão. Olho para todos os lados, à procura e não vejo ninguém. O sol já era e continua a chover. Numa esquina, alguém que, certamente, é suspeito de algo, ri-se baixinho. A silhueta é disforme e abstracta e os candeeiros, cansados, não ajudam. Acho que não era ninguém. Levanto-me constrangido e continuo o caminho. Já não chove. Entro noutra rua, ali à direita. É um beco, não tem saída e parece um circo. Está cheia de ursos e leões trapezistas, mulheres de fogo e controcionistas, anões mágicos e ilusionistas, elefantes que são homens e mulheres que são elefantes. Só há um palhaço. Numa azáfama muda e a preto e branco, todos actuam, uns para os outros, sem se verem. E a mim também não. Passo por eles sem dar por isso e estou de novo sozinho. Sentado no ponto mais longínquo da minha existência...

sábado, setembro 15, 2007

quarta-feira, setembro 12, 2007

As vezes...

... fico sem palavras. Acabam, sem me dizer. Viajam para longe e já não as vejo. Acho que já não voltam. (Porque haviam de o fazer!?). Fartaram-se de mim e não as censuro...

segunda-feira, setembro 10, 2007

Parabéns!

Hoje faz anos um homem com alma. Alma de criança em corpo de gigante. Hoje faz anos um homem que faz falta. Hoje faz anos um navegante. Navegante da vida das letras e das palavras, capitão de um barco pirata. Único gigante que conheci.

sábado, setembro 08, 2007

sexta-feira, setembro 07, 2007

Às vezes...

... demora a cair-me a chapa. Caiu hoje.

quinta-feira, setembro 06, 2007

PokerStars.com World Cup of Poker

Portugal participou, nestes últimos dias, no Campeonato do Mundo de Póquer promovido pelo site PokerStars.com. Para quem gosta de póquer, este foi um torneio no mínimo interessante, quanto mais não seja porque Portugal tinha uma modesta representação. Basicamente este é um torneio de equipas, onde são jogadas 5 heats, cada uma delas por um jogador diferente de cada país. Juntamente com Portugal participaram países como a Islândia, Roménia, México, Irlanda, Canadá, Estados Unidos e Alemanha. Portugal, como era de esperar, sendo um país com pouca tradição neste "desporto" não prometia grande prestação e isso confirmou-se... até à última heat. Depois de 4 heats pouco expressivas e jogadas de forma muito conservadora por parte dos nossos jogadores, heis que chega Nuno "The Maniac" Coelho. No início do jogo Portugal tinha ainda hipóteses de chegar à final e à oportunidade de ganhar 100 mil dólares, para isso precisava de fazer com que os Estados Unidos e a Irlanda perdessem rapidamente. "The Maniac" não se acanhou. Desde o princípio do jogo tomou uma postura agressiva e pro-activa, sem medo, com intimidantes e por vezes escabrosos bluffs e jogadas loucas. Proporcionou de longe a melhor e mais empolgante heat do torneio e todos estavam rendidos à agressividade do português que num instante se colocou à frente dos mais directos adversários. Tudo estava em aberto e o Nuno em bom plano. Um bom ritmo de jogo e constantemente a subir as apostas de forma a pressionar o irlandês e o americano. Numa jogada louca de frieza e calculismo The Maniac acaba com as esperanças dos mexicanos e dos irlandeses batendo os all-in de ambos. Tudo parecia bem encaminhado com a saída do irlandês, mas depois de feitas as contas o facto de ter forçado a derrota ao mexicano garantiu um lugar na final ao americano, o seu mais directo adversário. Ingrato. Mas Portugal viu a sua honra renovada e o seu orgulho restaurado com esta prestação de Nuno Coelho que acabou mesmo por ganhar heat e garantir os 5000 mil dólares reservados ao vencedor. Mostrou a raça nacional e não nos deixou passar despercebidos. Se mais houvesse como ele naquela equipa tínhamos, seguramente, chegado à final.

terça-feira, setembro 04, 2007

Às vezes...

... apetece-me gritar, sem que me oiçam.

Sonhei!? IV

O mundo caiu-me aos pés e eu com ele. O chão abriu-se ao meio e é o vazio que me recebe. Continuo a cair mas sem dar por isso. Tudo o que era, aparentemente e num segundo deixou de ser e não me reconheço. Nem aos outros. Adormeço num son(h)o pesad(el)o e espero que tudo passe... se acordar. Agarro-me às paredes do chão aberto, mas são lisas e não me agarram. A queda é lenta, constante e longa. Para sempre...